quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

actualização PRO FOOT IDEAS 11ª jornada

Porto, 2 - Rio Ave, 1 (ADD: 2-0 / JNC: 1-0 / DDD: sd / LFC: sd)

Sporting, 0 - Benfica, 0 (ADD: 2-1 / JNC: 0-0 / DDD: sd / LFC: sd)



CLASSIFICAÇÃO:

1º - JOÃO NUNO COELHO: 5 + 3 + (- 1) + 4 + (-4) + 2 + (-1) + 4 + 9 + 0 = 21

2º - ARTUR DEUSDADO: (-1) + 3 + 1 + 4 + 1 + 4 + (-3) + 6 + 4 + 3 = 22

3º - DANIEL DEUSDADO: 6 + 0+ 3 + 2 + 3 + 7 + 2 + 2 + 9 = 41

4º - LUIS FILIPE CABRAL: 5 + 3 + 1 + 3 + 2 + 9 + 1 + 9 + 9 = 45

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Foi em Lisboa, meus senhores, foi em Lisboa...


Por João Nuno Coelho / Football Ideas

Portugal garantiu a presença na fase final do Mundial-2010 com duas vitórias sobre a Bósnia. Mas foi no primeiro jogo, em casa, que a eliminatória foi decidida

Lisboa. Estádio da Luz. 14 de Novembro de 2009. 22.20 h.. Último minuto do primeiro jogo do play-off de apuramento para o Mundial da África do Sul. Portugal está a ganhar à Bósnia por 1-0 quando, após jogada pelo flanco direito, o avançado bósnio Dzeko atira de cabeça à barra da baliza de Eduardo e, na recarga, o recém entrado Muslimovic, com a baliza escancarada à sua frente, remata ao poste. As bancadas repletas reagem como se de um golo de Portugal se tratasse. E com toda a razão.

Em condições normais, poucos se arriscariam a considerar a selecção bósnia capaz de discutir o apuramento com Portugal. No entanto, tendo em contas as lesões de Ronaldo e Bosingwa, e o facto dos bósnios chegarem ao primeiro encontro do play-off com todos os seus titulares habituais disponíveis, no jogo da Luz a sorte acabou por ser portuguesa. A baliza de Eduardo abanou três vezes com o impacto das bolas chutadas pelos visitantes, apesar de Portugal ter dominado quase toda a partida.

O jogo da Luz permitiu à Selecção encarar a díficil deslocação à Bósnia – onde foi insultada à chegada, assobiada massivamente durante o hino nacional e colocada a jogar num relvado quase impraticável – com a enorme vantagem de não ter sofridos golos em casa. Isto numa eliminatória em que, à maneira das campetições europeias, os golos marcados “fora” valem a dobrar em caso de igualdade final. Mas o encontro de Lisboa ainda retirou do segundo jogo três titulares absolutos e muito influentes da equipa adversária: o defesa-central mais experiente do conjunto bósnio (o “capitão” Spahic), os dois médios-centro (Muratovic e Rahimic), a que se juntaria ainda o lesionado Misimovic (o pensador do jogo da equipa). Para uma selecção com um “plantel” de qualidade limitada como a Bósnia estas foram baixas demasiado pesadas para a batalha em que transformaram o encontro de Zenica.

Se a isto juntarmos a humildade e espírito de luta com que a Selecção encarou esta segunda partida, fazendo funcionar contra os bósnios a guerra psicológica gizada pelo inenarrável seleccionador Blazevic, é mais fácil perceber a forma clara e personalizada como Portugal jogou e venceu em Zenica. Uma vitória que começou na atitude. E uma atitude que começou na coragem de Carlos Queiroz não inventar no “onze” apresentado, apenas fazendo uma alteração bem pensada: a entrada de Tiago em detrimento de Deco, de forma a dar mais consistência ao meio-campo português.

Perante uma equipa bósnia que se tornou banal pelas ausências verificadas, a concentração e solidariedade dos portugueses ainda mais banalizou o adversário, que fez um remate no alvo em noventa minutos. Portugal dominou em todos os capítulos do jogo e ficou a dever a si próprio uma série de golos falhados, que podiam ter decidido tudo bem mais cedo. Mas é caso para dizer que, tendo em conta a medíocre fase de apuramento realizada, a Selecção Nacional bem mereceu sofrer até ao fim.

E no fim, tudo está bem quando acaba bem. Portugal garantiu o seu pleno de presenças em fases finais de grandes provas internacionais no século XXI (mais do que as conseguidas em todo o século XX!), Queiroz cumpriu o seu sonho de uma vida e os portugueses já têm razões para andarem mais felizes.

Quadros – Estatísticas de remates dos dois jogos do Play-off para o Mundial-2010

Em Lisboa:

Portugal

Bósnia

Remates

17

13

Remates no alvo

6

4

Remates perigosos

6

5

Em Zenica:

Portugal

Bósnia

Remates

18

7

Remates no alvo

6

1

Remates perigosos

5

2

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Onde falhou Paulo Bento?


Por Nuno Oliveira / Football Ideas

Paulo Bento deitou a toalha ao chão. Com o Sporting sétimo na tabela geral, mais pontos perdidos do que ganhos, apenas nove golos marcados, poucas alternativas lhe restavam. Mas, afinal, no jogo jogado, onde esteve o problema?

O ruído à volta da crise dos leões no campeonato é ensurdecedor. Toda a gente fala, quase todos parecem ter as suas razões. Para uns, a maioria, a culpa é obviamente de Paulo Bento, que acabou por não resistir
à pressão generalizada. Para outros, a culpa é da falta de qualidade do plantel. Os dirigentes responsabilizam as limitações financeiras pela falta de êxito e falam de arbitragens “habilidosas”.

O ruído é tanto que apetece “tapar os ouvidos” e analisar sem som os jogos do Sporting no campeonato procurando descobrir onde tem falhado a equipa dentro do relvado – e determinados números ajudam essa análise desapaixonada. Centramo-nos no processo ofensivo do conjunto, porque acima de tudo o Sporting tem fracassado na agressividade atacante que leva à obtenção de golos, apresentando uma média muito pobre, ligeiramente superior a um tento por encontro.

As grandes limitações ao nível da criatividade e rapidez nas transições ofensivas do meio-campo e correspondente poder de romper as defesas contrárias explicam em grande parte este fracasso. O novo “10”, Matias Fernandez, revela bons pormenores técnicos mas ausenta-se demasiado do jogo; a falta do “eterno” lesionado Izmailov retira imprevisibilidade e velocidade às movimentações colectivas na zona de decisão, do último passe. Consequentemente, na presente temporada o número de passes de ruptura realizados baixou para patamares quase inaceitáveis numa equipa da dimensão do Sporting. Ao mesmo tempo, a equipa continua a não encontrar formas alternativas de resolver o problema de falta de fluidez e intensidade ofensivas: por exemplo, em termos de aproveitamento dos lances de bola parada os leões continuam a demonstrar pouca agressividade e eficácia, ao invés do que acontece com os seus rivais mais directos, que ganham muitos pontos desta forma.

O que deve assustar mais os adeptos leoninos é o facto destas limitações terem vindo a agravar-se de ano para ano. O Sporting de Paulo Bento viveu em permanente tendência de perda em termos de números ofensivos, desde a primeira época do treinador português ao serviço do clube. Cada vez menos golos; cada vez menos remates perigosos; cada vez menos passes de ruptura.

Ora, perante esta realidade de constante perda de qualidade e intensidade atacante do futebol do Sporting apenas se pode pensar que o problema tem que ser mesmo estrutural, ou se preferirem do próprio modelo de jogo adoptado por Paulo Bento e por ele defendido com unhas e dentes nos últimos quatro anos. Ou seja, provavelmente o modelo não se adequava aos jogadores disponíveis, o que apenas vinha dar razão a todos os que reclamavam mudanças estruturais que passavam pela substituição do treinador. Porque se Paulo Bento não mudava, havia que mudar de treinador.

Actualização PRO FOOT IDEAS 10ª jornada

10ª JORNADA

Marítimo, 1 - FC Porto, 0 (JNC: SD / ADD: 0-1/ DDD: 1-1 / LFC: SD)

Rio Ave, 2 - Sporting 2 (JNC: SD / ADD: 1-1/ DDD: 1-1/ LFC: SD)

Benfica, 1 - Naval, 0 (JNC: SD / ADD: 4-0 / DDD: 4-0/ LFC: SD)


CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO:

1º - ARTUR DEUSDADO: (-1) + 3 + 1 + 4 + 1 + 4 + (-3) + 6 + 4 = 19

2º - JOÃO NUNO COELHO: 5 + 3 + (- 1) + 4 + (-4) + 2 + (-1) + 4 + 9 = 21

3º - DANIEL DEUSDADO: 6 + 0+ 3 + 2 + 3 + 7 + 2 + 2 = 32

4º - LUIS FILIPE CABRAL: 5 + 3 + 1 + 3 + 2 + 9 + 1 + 9 = 36

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

PROGNÓSTICOS DA EQUIPA FOOTBALL IDEAS - resultados e classificações após 9ª jornada

FC PORTO, 1 - BELENENSES, 1 (JNC: 3-1 / ADD: 3-0 / DDD: 2-1 / LFC: 1-1)

SP. BRAGA, 2 - BENFICA, 0 (JNC: 2-1 / ADD: 1-1 / DDD: 0-4 / LFC: 0-5)

SPORTING, 1 - MARÍTIMO, 1 (JNC: 1-0 / ADD: 2-0 / DDD: 1-2 / LFC: 1-3)




CLASSIFICAÇÃO:

1º - JOÃO NUNO COELHO: 5 + 3 + (- 1) + 4 + (-4) + 2 + (-1) + 4 = 12

2º - ARTUR DEUSDADO: (-1) + 3 + 1 + 4 + 1 + 4 + (-3) + 6 = 15

3º - LUIS FILIPE CABRAL: 5 + 3 + 1 + 3 + 2 + 9 + 1 = 27

4º - DANIEL DEUSDADO: 6 + 0+ 3 + 2 + 3 + 7 + 2 + 7 = 30

DOMINGOS GANHOU O DUELO


João Nuno Coelho – Football Ideas


Depois de vencer Paulo Bento e Jesualdo Ferreira no campeonato, Domingos Paciência bateu agora Jorge Jesus. O prémio foi a liderança da Liga, mas a questão é bem mais pessoal do que isso.

Na pré-temporada, Domingos provocou Jesus, afirmando que com a equipa de que dispunha em Braga, o agora treinador encarnado teria obrigação de fazer melhor do que o quinto lugar final obtido no campeonato 2008/09. A afirmação foi vista como um recado envenenado pelo portismo assumido de Domingos e poucos contariam que no final do primeiro terço do campeonato o Sp. Braga disputasse a liderança taco-a-taco com o super-Benfica de Jesus, liderando mesmo a classificação.

Há algumas semanas, em vésperas da recepção dos arsenalistas ao FC Porto, escrevemos aqui que uma eventual vitória (que se viria a concretizar) da equipa de Domingos não seria obrigatoriamente um factor positivo na sua candidatura ao banco portista a curto prazo. Mas o mesmo não se pode dizer agora deste triunfo bracarense perante o Benfica, mostrando ao mundo que é possível parar o “tsunami” encarnado que tem varrido o país futebolístico. Domingos marcou neste sábado muitos pontos na sua curta carreira e não há quem o ignore, da mesma forma que existe a consciência geral de que tal sucesso implica uma verdadeira candidatura dos minhotos ao título nacional, valendo ainda a consumação de um feito invejável: bater todos os três grandes na primeira volta de uma liga.

Para Jorge Jesus, ter vencido em Braga constituiria uma prova de força colectiva inegável, mas ao mesmo tempo significaria para o treinador encarnado a possibilidade de acabar com a incómoda divisão do papel principal entre os técnicos do presente campeonato. De uma formaou de outra, apenas o novato Domingos faz neste momento sombra a Jesus na fase de m aior esplendor da sua já longa carreira. E o ex-avançado portista ainda se pode gabar de nunca ter perdido, enquanto treinador, com Jorge Jesus (quatro empates e duas vitória) e de apresentar um registo superior em Braga no tocante ao campeonato, comparativamente com as primeiras nove jornadas da época passada sob o comando técnico de Jesus.

Dados que apenas alimentam a fogueira deste duelo privado entre dois treinadores que até têm bastante em comum: são representantes da chamada escola “prática”, do conhecimento conquistado nos campos de futebol enquanto jogadores (ambos do tipo “criativo”) e conhecidos pela sua sagacidade táctica e capacidade de ler o jogo a partir do banco. Domingos foi incomparavelmente melhor enquanto praticante, mas isso não lhe assegura superioridade na função técnica e a prova disso é que, para já, é Jesus que treina um “grande”. E com o sucesso que se lhe reconhece.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PROGNóSTICOS - 8ª jornada

FC PORTO, 3 - ACADÉMICA, 2 (JNC: 2-0 / ADD: 3-0 / DDD: 2-1 / LFC: 1-0)

BENFICA, 6 - NACIONAL, 1 (JNC: 3-1 / ADD: 2-1 / DDD: 3-0 / LFC: 4-1)

V. GUIMARÃES, 1 - SPORTING, 1 (JNC: 1-1 / ADD: 1-1 / DDD: 0-0 / LFC: 2-1)


CLASSIFICAÇÃO:

1º - JOÃO NUNO COELHO: 5 + 3 + (- 1) + 4 + (-4) + 2 + (-1) = 8

2º - ARTUR DEUSDADO: (-1) + 3 + 1 + 4 + 1 + 4 + (-3) = 9

3º - DANIEL DEUSDADO: 6 + 0+ 3 + 2 + 3 + 7 + 2 = 23

4º - LUIS FILIPE CABRAL: 5 + 3 + 1 + 3 + 2 + 9 = 26

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ÁGUIA VOA A DOBRAR – ATÉ QUANDO?


João Nuno Coelho – Football Ideas

Jesus prometeu – Jesus cumpriu: o Benfica está mesmo a jogar o dobro do que fazia na época passada. E ainda estamos no primeiro terço do campeonato. Mas as próximas semanas o calendário anuncia dificuldades acrescidas.

No campeonato, o Benfica de Jesus não faz por menos: seis vitórias consecutivas, várias goleadas infligidas, melhoria de todos os seus dados ofensivos, jogadores em grande forma. Pensarão para si próprios os adeptos encarnados que é uma pena este Sp. Braga de outra galáxia (única equipa dos principais ligas europeias que conta por vitórias todos os encontros disputados), impedir que as águias planem confiantes sobre todos os concorrentes.

Ora se na época passada por esta altura, Quique Flores ainda vivia em estado de graça, contando com três empates em sete encontros, imagine-se o impacto nos adeptos desta exuberância dos encarnados no campeonato – Jorge Jesus arrisca-se a tornar-se um deus para os benfiquistas.

Até porque no imaginário do adepto os golos são quem mais ordena: uma equipa que leva 24 golos marcados, à média de quase 3,5 por jogo só pode entusiasmar. Mesmo que quase 60% dos tentos sejam marcados de bola parada. Uma eficácia que na verdade tem sido a imagem de marca do Benfica de Jesus, que nem remat muito mais do que o de Quique Flores. Mas fá-lo de forma muito mais perigosa e com muito mais pontaria. Ora, toda a gente sabe (ou devia saber) que para marcar golos é preciso acertar na baliza.

Inegável é também que o volume e intensidade de jogo do Benfica 2009/10 é muito superior ao da época passada – melhor exploração dos corredores para atacar e cruzar, e crescimento significativo da capacidade de furar o centro das defesas contrárias, com passes de ruptura que “alimentam” a voracidade dos dois avançados.

Tal como Jesus prometera, a equipa do Benfica tira partido do crescimento dos seus jogadores – dizia o treinador no início a época que, com ele, aqueles iriam jogar o dobro e tal serviria os interesses colectivos. Retirando destas contas Saviola (que nem jogava em Madrid) e Ramires (que já jogava muito no Cruzeiro de Belo Horizonte), a equação de Jesus parece confirmar-se.

Só para dar o exemplo de três jogadores fulcrais no onze que comprovam a regra: Cardozo marcou o dobro do que fizera com Quique Flores nas primeiras sete jornadas e triplicou os remates perigosos; Aimar já fez tantas assistências para golo (cinco) como no campeonato transacto inteiro; Di Maria duplicou a sua média de cruzamentos por encontro.

Claro que para tal melhoria foi fundamental que Jesus definisse e aplicasse um modelo e sistema de jogo que melhor serve as características dos seus jogadores fundamentais. E que estes apreendessem o que deles se espera. O caso de Aimar é paradigmático, cada vez mais confortável no vértice superior do losango de meio-campo, longe da ineficácia da posição de segundo-avançado, que Quique inventou para ele.

Apesar de todas as vicissitudes e imponderáveis que vão surgir pela frente – lesões, castigos, etc – a tendência é para que a construção da equipa encarnada prossiga no sentido de um entrosamento crescente. Veremos é de que forma os adversários serão capazes de responder às questões e problemas que o Benfica de Jesus cria – e a verdade é que à excepção do AEK de Atenas, os encarnados ainda não enfrentaram desafios de nível muito complicado. As próximas semanas se encarregarão de dizer se esta águia é assim tão imperial no seu voo ou se a recepção ao Nacional e a as deslocações a Braga, Alvalade e Liverpool (para jogar com o Everton) a farão voar mais baixo ou regressar à terra...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O perigo cipriota


Por Nuno Oliveira / Football Ideas

Fica o aviso à navegação, até agora bastante segura do navio-dragão na Liga dos Campeões: o mar Mediterrâneo está bem mais encrespado lá para os lados do futebol cipriota.

Com o Atlético de Madrid em crise, as contas portistas até parecem simples: duas vitórias no duplo confronto com o APOEL Nicósia, que se inicia esta quarta-feira no Dragão, praticamente asseguram a quarta presença consecutiva nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O problema é que o adversário cipriota já não é favas-contadas. Bem pelo contrário, como provam os últimos resultados.

O APOEL afastou o Partisan de Belgrado (Sérvia) e o FC Copenhaga (Dinamarca) para chegar à fase de grupos, no qual já conseguiu empatar em Madrid com o Atlético, perdendo pela margem mínima com o Chelsea, em Nicósia.

O crescimento internacional do futebol cipriota já ficara patente na época passada, aquando da primeira presença de sempre de uma equipa do país na fase de grupos da Champions. A Europa esbugalhou os olhos perante o comportamento descomplexado do desconhecido Anarthosis Famagusta, que perdeu apenas dois encontros e empatou com Inter de Milão e Werder Bremen (duas vezes), vencendo mesmo o Panathinaikos. Isto depois de já ter afastado o Olympiacos na última pré-eliminatória.

A carreira recente da selecção cipriota apenas confirma esta ascensão: nas últimas três partidas, empatou na Macedónia, goleou a Bulgária (4-1) e perdeu pela margem mínima em Itália (onde esteve a ganhar por 2-0). Tudo isto testemunha a ascensão do futebol de Chipre, na sequência de de um processo muito em voga na história recente da modalidade no leste da Europa: empresários poderosos (muitas vezes com passados obscuros) descobriram o futebol como mercado de fortes investimentos, materializados na compra de clubes e no seu reforço com numerosos jogadores estrangeiros, designadamente sul-americanos.

No caso do Chipre (mas também da Roménia, por exemplo), os futebolistas portugueses têm igualmente despertado o interesse destes empresários e nesta ilha do Mediterrâneo jogam nada menos do que 47 jogadores lusos, a maior parte dos quais desconhecidos em Portugal. Aliás, o campeonato do Chipre deve ser um dos únicos no mundo em que existe uma comunidade estrangeira mais numerosa do que a brasileira. O caso mais significativo e quase inverosímel é o do DOXA Katakopia FC no qual 11 portugueses fazem parte do plantel (no qual existem nove cipriotas e três brasileiros). Como nove desses lusos são habitualmente titulares é caso para dizer que estamos perante a mais portuguesa equipa de primeira divisão do futebol mundial.

Segundo os treinadores e jornalistas locais esta vaga de imigração de jogadores portugueses tem elevado o nível do jogo praticado e o entusiasmo popular à volta do mesmo. Simultaneamente a Associação de Futebol local tem protagonizado um enorme empenho no desenvolvimento deste desporto, com a aposta na organização de cursos internacionais de treinadores, de escolas e torneios de futebol juvenil, entre outras iniciativas, que tornam o pequeno Chipre numa nova Meca do futebol.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O meio-campo portista à espera de Rodriguez



João Nuno Coelho – Football Ideas

A versão 2009/10 do FC Porto de Jesualdo ainda não carbura em pleno, devido em grande parte às dificuldades sentidas pelo meio-campo da equipa, habitualmente um dos pontos fortes do conjunto.

O que se passa com o sector intermediário do FC Porto neste início de temporada? O argentino Belluschi encanta pela sua criatividade mas não é consistente a defender como era Lucho. Raul Meireles está a quilómetros da pujança que apresentou nos últimos quatro anos. Fernando ressente-se da falta de apoio na cobertura defensiva.

Num meio-campo de três elementos como o dos portistas – quando a maior parte das equipas em Portugal e principalmente na Liga dos Campeões actua com quatro jogadores neste sector – estas condicionantes têm um preço. Menos consistência a defender, menos capacidade de pressionar alto o adversário, recuperando bolas para as famosas transições rápidas características do modelo de jogo da equipa, e ainda menos presença dos centro-campistas na área adversária para acções de finalização.

Isto traduz-se num empobrecimento claro dos números do trio do meio-campo do FC Porto neste início de Liga portuguesa. Fernando, Belluschi e Meireles ainda não marcaram qualquer golo, poucas vezes remataram com perigo, levam apenas quatro assistências entre os três (todas do argentino!) e recuperam menos bolas do que é habitual nos centro-campistas portistas, designadamente no terreno do oponente.

A equipa ressente-se fortemente deste cenário, levando inclusive a que se possa questionar Jesualdo sobre razões que o levam a não introduzir alterações, recorrendo às alternativas de que dispõe no plantel. Nos seis encontros disputados no campeonato até ao momento, apenas uma vez o trio foi desfeito, com a entrada de Guarin para o lugar de Belluschi na derrota em Braga. Tomás Costa e Diego Valeri só actuaram como suplentes utlizados (em três ocasiões cada um) e Sebastian Prediger não tem ainda qualquer minuto jogado.

Assim sendo, parece ser pacífico concluir que Jesualdo não confia nestes jogadores como alternativas credíveis aos titulares do meio-campo. Pelo menos para já. É verdade que são todos eles atletas jovens, na casa dos 23/24 anos, mas o investimento realizado pelo clube na sua aquisição obrigaria a outro protagonismo. Tomás Costa ainda teve papel de alguma relevância na época passada, mas isso deveu-se mais à sua polivalência (jogando muitas vezes como defesa-direito) do que a uma real afirmação no onze. Já Guarin não iniciou qualquer partida da Liga 2008/09, entrando quase sempre na parte final dos encontros.

Perante esta aparente falta de qualidade – ou pelo menos de adaptação ao modelo de jogo defendido por Jesualdo – dos possíveis substitutos do trio de meio-campo, não custa admitir que o professor aguarde, com alguma ansiedade, o regresso definitivo de Cristian Rodriguez aos relvados, após uma sucessão de lesões musculares. O uruguaio não é um centro-campista de raiz, mas teve na época passada um papel preponderante no reforço do meio-campo, a partir do seu posicionamento como extremo-esquerdo. Rodriguez foi o elemento-chave no equilíbrio da equipa, baseado na flexibilidade entre o 4-4-3 (no processo ofensivo) e o 4-4-2 (no momento defensivo), assegurando maior consistência ao conjunto, mormente nos jogos da Liga dos Campeões, nos quais se tornam mais prementes as dificuldades de actuar com apenas três elementos no meio-campo. Como referimos diversas vezes ao longo da época transacta, a única forma do FC Porto compensar a inferioridade numérica numa zona tão crucial do relvado perante adversários poderosos foi este desdobramento de Rodriguez, um jogador culto do ponto de vista táctico e com características físicas e técnicas que lhe permitem realizar esta missão com eficácia. Agora a equipa precisa do uruguaio mais do que nunca, dadas as limitações defensivas de Belluschi e o arranque titubeante de Meireles.

ACTUALIZAÇÃO PRO FOOT IDEAS

CLASSIFICAÇÃO DO PRO-FOOT-IDEAS (após 7ª jornada do Campeonato


1º - JOÃO NUNO COELHO: 5 + 3 + (- 1) + 4 + (-4) + 2= 9

2º - ARTUR DEUSDADO: (-1) + 3 + 1 + 4 + 1 + 4 = 12

3º - DANIEL DEUSDADO: 6 + 0+ 3 + 2 + 3 + 7= 21

4º - LUIS FILIPE CABRAL: 5 + 3 + 1 + 3 + 2 + 9 = 23



REGRAS DO PRO-FOOT-IDEAS

Desfecho final de cada jogo:

Na "mouche": -3 pontos

Resultado correcto: zero pontos

Resultado mais próximo: dois pontos

Resultado mais distante: 3 pontos

Golos:

Se acertar no resultado final mas com mais de 2 golos de diferença do resultado final soma 1 ponto

Se um apostador não apresentar prognóstico para uma jornada é penalizado com 6 pontos.

Bónus: vencedor de cada jornada: -1 ponto

VENCEDOR:
O concorrente com menos pontos somados

2ª jornada

FCP X NACIONAL (3-0)

SCP X BRAGA (1-2)

GUIM X SLB (0-1)

DANIEL DD

1 - 2

2 - 1

0 - 3

JOÃO NC

1 - 0

1 - 0

1 - 1

ARTUR DD

1 - 0

2 - 1

0 - 1

LUIS FC

1 - 1

2 - 1

0 - 2

3ª jornada

NAVAL X FCP (1-3)

ACAD. – SCP (0-2)

SLB – SETÚBAL (8-1)

DANIEL DD

0 - 2

0 - 3

2 - 1

JOÃO NC

1 - 1

0 - 1

2 - 0

ARTUR DD

0 - 2

1 - 1

3 - 1

LUIS FC

0 - 2

1 - 1

3 - 0

4ª jornada

FCP X LEIXÕES (4-1)

SCP – PAÇOS (1-0)

BELEN - SLB (0-4)

DANIEL DD

1 - 0

1 - 1

0 - 3

JOÃO NC

2 - 0

1 - 0

1 - 1

ARTUR DD

3 - 0

2 - 0

1 - 2

LUIS FC

3 - 1

2 - 0

1 - 2

5ª jornada

BRAGA – FCP

(1-0)

SCP – OLHAN (3-2)

LEIRIA - SLB (1-2)

DANIEL DD

1 - 1

3 - 0

0 - 2

JOÃO NC

1 - 2

2 - 0

0 - 3

ARTUR DD

1 - 3

1 - 0

0 - 1

LUIS FC

2 - 2

2 - 1

1 - 3

6ª jornada

FCP-SPORTING

(1-0)

SLB-LEIXÕES (5-0)

DANIEL DD

1 - 1

0 - 2

JOÃO NC

1 - 0

4 - 1

ARTUR DD

2 - 0

2 - 1

LUIS FC

2 - 2

3 - 0

7ª jornada

OLHANENSE – FC PORTO

(0-3)

SCP-BELENENSES

(0-0)

PAÇOS-BENFICA (1-3)

DANIEL DD

2 - 1

1-0

1-1

JOÃO NC

1 - 2

1 - 1

1-1

ARTUR DD

0 - 2

2 - 0

1 - 1

LUIS FC

SD

SD

SD