quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PROGNóSTICOS - 8ª jornada

FC PORTO, 3 - ACADÉMICA, 2 (JNC: 2-0 / ADD: 3-0 / DDD: 2-1 / LFC: 1-0)

BENFICA, 6 - NACIONAL, 1 (JNC: 3-1 / ADD: 2-1 / DDD: 3-0 / LFC: 4-1)

V. GUIMARÃES, 1 - SPORTING, 1 (JNC: 1-1 / ADD: 1-1 / DDD: 0-0 / LFC: 2-1)


CLASSIFICAÇÃO:

1º - JOÃO NUNO COELHO: 5 + 3 + (- 1) + 4 + (-4) + 2 + (-1) = 8

2º - ARTUR DEUSDADO: (-1) + 3 + 1 + 4 + 1 + 4 + (-3) = 9

3º - DANIEL DEUSDADO: 6 + 0+ 3 + 2 + 3 + 7 + 2 = 23

4º - LUIS FILIPE CABRAL: 5 + 3 + 1 + 3 + 2 + 9 = 26

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ÁGUIA VOA A DOBRAR – ATÉ QUANDO?


João Nuno Coelho – Football Ideas

Jesus prometeu – Jesus cumpriu: o Benfica está mesmo a jogar o dobro do que fazia na época passada. E ainda estamos no primeiro terço do campeonato. Mas as próximas semanas o calendário anuncia dificuldades acrescidas.

No campeonato, o Benfica de Jesus não faz por menos: seis vitórias consecutivas, várias goleadas infligidas, melhoria de todos os seus dados ofensivos, jogadores em grande forma. Pensarão para si próprios os adeptos encarnados que é uma pena este Sp. Braga de outra galáxia (única equipa dos principais ligas europeias que conta por vitórias todos os encontros disputados), impedir que as águias planem confiantes sobre todos os concorrentes.

Ora se na época passada por esta altura, Quique Flores ainda vivia em estado de graça, contando com três empates em sete encontros, imagine-se o impacto nos adeptos desta exuberância dos encarnados no campeonato – Jorge Jesus arrisca-se a tornar-se um deus para os benfiquistas.

Até porque no imaginário do adepto os golos são quem mais ordena: uma equipa que leva 24 golos marcados, à média de quase 3,5 por jogo só pode entusiasmar. Mesmo que quase 60% dos tentos sejam marcados de bola parada. Uma eficácia que na verdade tem sido a imagem de marca do Benfica de Jesus, que nem remat muito mais do que o de Quique Flores. Mas fá-lo de forma muito mais perigosa e com muito mais pontaria. Ora, toda a gente sabe (ou devia saber) que para marcar golos é preciso acertar na baliza.

Inegável é também que o volume e intensidade de jogo do Benfica 2009/10 é muito superior ao da época passada – melhor exploração dos corredores para atacar e cruzar, e crescimento significativo da capacidade de furar o centro das defesas contrárias, com passes de ruptura que “alimentam” a voracidade dos dois avançados.

Tal como Jesus prometera, a equipa do Benfica tira partido do crescimento dos seus jogadores – dizia o treinador no início a época que, com ele, aqueles iriam jogar o dobro e tal serviria os interesses colectivos. Retirando destas contas Saviola (que nem jogava em Madrid) e Ramires (que já jogava muito no Cruzeiro de Belo Horizonte), a equação de Jesus parece confirmar-se.

Só para dar o exemplo de três jogadores fulcrais no onze que comprovam a regra: Cardozo marcou o dobro do que fizera com Quique Flores nas primeiras sete jornadas e triplicou os remates perigosos; Aimar já fez tantas assistências para golo (cinco) como no campeonato transacto inteiro; Di Maria duplicou a sua média de cruzamentos por encontro.

Claro que para tal melhoria foi fundamental que Jesus definisse e aplicasse um modelo e sistema de jogo que melhor serve as características dos seus jogadores fundamentais. E que estes apreendessem o que deles se espera. O caso de Aimar é paradigmático, cada vez mais confortável no vértice superior do losango de meio-campo, longe da ineficácia da posição de segundo-avançado, que Quique inventou para ele.

Apesar de todas as vicissitudes e imponderáveis que vão surgir pela frente – lesões, castigos, etc – a tendência é para que a construção da equipa encarnada prossiga no sentido de um entrosamento crescente. Veremos é de que forma os adversários serão capazes de responder às questões e problemas que o Benfica de Jesus cria – e a verdade é que à excepção do AEK de Atenas, os encarnados ainda não enfrentaram desafios de nível muito complicado. As próximas semanas se encarregarão de dizer se esta águia é assim tão imperial no seu voo ou se a recepção ao Nacional e a as deslocações a Braga, Alvalade e Liverpool (para jogar com o Everton) a farão voar mais baixo ou regressar à terra...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O perigo cipriota


Por Nuno Oliveira / Football Ideas

Fica o aviso à navegação, até agora bastante segura do navio-dragão na Liga dos Campeões: o mar Mediterrâneo está bem mais encrespado lá para os lados do futebol cipriota.

Com o Atlético de Madrid em crise, as contas portistas até parecem simples: duas vitórias no duplo confronto com o APOEL Nicósia, que se inicia esta quarta-feira no Dragão, praticamente asseguram a quarta presença consecutiva nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O problema é que o adversário cipriota já não é favas-contadas. Bem pelo contrário, como provam os últimos resultados.

O APOEL afastou o Partisan de Belgrado (Sérvia) e o FC Copenhaga (Dinamarca) para chegar à fase de grupos, no qual já conseguiu empatar em Madrid com o Atlético, perdendo pela margem mínima com o Chelsea, em Nicósia.

O crescimento internacional do futebol cipriota já ficara patente na época passada, aquando da primeira presença de sempre de uma equipa do país na fase de grupos da Champions. A Europa esbugalhou os olhos perante o comportamento descomplexado do desconhecido Anarthosis Famagusta, que perdeu apenas dois encontros e empatou com Inter de Milão e Werder Bremen (duas vezes), vencendo mesmo o Panathinaikos. Isto depois de já ter afastado o Olympiacos na última pré-eliminatória.

A carreira recente da selecção cipriota apenas confirma esta ascensão: nas últimas três partidas, empatou na Macedónia, goleou a Bulgária (4-1) e perdeu pela margem mínima em Itália (onde esteve a ganhar por 2-0). Tudo isto testemunha a ascensão do futebol de Chipre, na sequência de de um processo muito em voga na história recente da modalidade no leste da Europa: empresários poderosos (muitas vezes com passados obscuros) descobriram o futebol como mercado de fortes investimentos, materializados na compra de clubes e no seu reforço com numerosos jogadores estrangeiros, designadamente sul-americanos.

No caso do Chipre (mas também da Roménia, por exemplo), os futebolistas portugueses têm igualmente despertado o interesse destes empresários e nesta ilha do Mediterrâneo jogam nada menos do que 47 jogadores lusos, a maior parte dos quais desconhecidos em Portugal. Aliás, o campeonato do Chipre deve ser um dos únicos no mundo em que existe uma comunidade estrangeira mais numerosa do que a brasileira. O caso mais significativo e quase inverosímel é o do DOXA Katakopia FC no qual 11 portugueses fazem parte do plantel (no qual existem nove cipriotas e três brasileiros). Como nove desses lusos são habitualmente titulares é caso para dizer que estamos perante a mais portuguesa equipa de primeira divisão do futebol mundial.

Segundo os treinadores e jornalistas locais esta vaga de imigração de jogadores portugueses tem elevado o nível do jogo praticado e o entusiasmo popular à volta do mesmo. Simultaneamente a Associação de Futebol local tem protagonizado um enorme empenho no desenvolvimento deste desporto, com a aposta na organização de cursos internacionais de treinadores, de escolas e torneios de futebol juvenil, entre outras iniciativas, que tornam o pequeno Chipre numa nova Meca do futebol.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O meio-campo portista à espera de Rodriguez



João Nuno Coelho – Football Ideas

A versão 2009/10 do FC Porto de Jesualdo ainda não carbura em pleno, devido em grande parte às dificuldades sentidas pelo meio-campo da equipa, habitualmente um dos pontos fortes do conjunto.

O que se passa com o sector intermediário do FC Porto neste início de temporada? O argentino Belluschi encanta pela sua criatividade mas não é consistente a defender como era Lucho. Raul Meireles está a quilómetros da pujança que apresentou nos últimos quatro anos. Fernando ressente-se da falta de apoio na cobertura defensiva.

Num meio-campo de três elementos como o dos portistas – quando a maior parte das equipas em Portugal e principalmente na Liga dos Campeões actua com quatro jogadores neste sector – estas condicionantes têm um preço. Menos consistência a defender, menos capacidade de pressionar alto o adversário, recuperando bolas para as famosas transições rápidas características do modelo de jogo da equipa, e ainda menos presença dos centro-campistas na área adversária para acções de finalização.

Isto traduz-se num empobrecimento claro dos números do trio do meio-campo do FC Porto neste início de Liga portuguesa. Fernando, Belluschi e Meireles ainda não marcaram qualquer golo, poucas vezes remataram com perigo, levam apenas quatro assistências entre os três (todas do argentino!) e recuperam menos bolas do que é habitual nos centro-campistas portistas, designadamente no terreno do oponente.

A equipa ressente-se fortemente deste cenário, levando inclusive a que se possa questionar Jesualdo sobre razões que o levam a não introduzir alterações, recorrendo às alternativas de que dispõe no plantel. Nos seis encontros disputados no campeonato até ao momento, apenas uma vez o trio foi desfeito, com a entrada de Guarin para o lugar de Belluschi na derrota em Braga. Tomás Costa e Diego Valeri só actuaram como suplentes utlizados (em três ocasiões cada um) e Sebastian Prediger não tem ainda qualquer minuto jogado.

Assim sendo, parece ser pacífico concluir que Jesualdo não confia nestes jogadores como alternativas credíveis aos titulares do meio-campo. Pelo menos para já. É verdade que são todos eles atletas jovens, na casa dos 23/24 anos, mas o investimento realizado pelo clube na sua aquisição obrigaria a outro protagonismo. Tomás Costa ainda teve papel de alguma relevância na época passada, mas isso deveu-se mais à sua polivalência (jogando muitas vezes como defesa-direito) do que a uma real afirmação no onze. Já Guarin não iniciou qualquer partida da Liga 2008/09, entrando quase sempre na parte final dos encontros.

Perante esta aparente falta de qualidade – ou pelo menos de adaptação ao modelo de jogo defendido por Jesualdo – dos possíveis substitutos do trio de meio-campo, não custa admitir que o professor aguarde, com alguma ansiedade, o regresso definitivo de Cristian Rodriguez aos relvados, após uma sucessão de lesões musculares. O uruguaio não é um centro-campista de raiz, mas teve na época passada um papel preponderante no reforço do meio-campo, a partir do seu posicionamento como extremo-esquerdo. Rodriguez foi o elemento-chave no equilíbrio da equipa, baseado na flexibilidade entre o 4-4-3 (no processo ofensivo) e o 4-4-2 (no momento defensivo), assegurando maior consistência ao conjunto, mormente nos jogos da Liga dos Campeões, nos quais se tornam mais prementes as dificuldades de actuar com apenas três elementos no meio-campo. Como referimos diversas vezes ao longo da época transacta, a única forma do FC Porto compensar a inferioridade numérica numa zona tão crucial do relvado perante adversários poderosos foi este desdobramento de Rodriguez, um jogador culto do ponto de vista táctico e com características físicas e técnicas que lhe permitem realizar esta missão com eficácia. Agora a equipa precisa do uruguaio mais do que nunca, dadas as limitações defensivas de Belluschi e o arranque titubeante de Meireles.

ACTUALIZAÇÃO PRO FOOT IDEAS

CLASSIFICAÇÃO DO PRO-FOOT-IDEAS (após 7ª jornada do Campeonato


1º - JOÃO NUNO COELHO: 5 + 3 + (- 1) + 4 + (-4) + 2= 9

2º - ARTUR DEUSDADO: (-1) + 3 + 1 + 4 + 1 + 4 = 12

3º - DANIEL DEUSDADO: 6 + 0+ 3 + 2 + 3 + 7= 21

4º - LUIS FILIPE CABRAL: 5 + 3 + 1 + 3 + 2 + 9 = 23



REGRAS DO PRO-FOOT-IDEAS

Desfecho final de cada jogo:

Na "mouche": -3 pontos

Resultado correcto: zero pontos

Resultado mais próximo: dois pontos

Resultado mais distante: 3 pontos

Golos:

Se acertar no resultado final mas com mais de 2 golos de diferença do resultado final soma 1 ponto

Se um apostador não apresentar prognóstico para uma jornada é penalizado com 6 pontos.

Bónus: vencedor de cada jornada: -1 ponto

VENCEDOR:
O concorrente com menos pontos somados

2ª jornada

FCP X NACIONAL (3-0)

SCP X BRAGA (1-2)

GUIM X SLB (0-1)

DANIEL DD

1 - 2

2 - 1

0 - 3

JOÃO NC

1 - 0

1 - 0

1 - 1

ARTUR DD

1 - 0

2 - 1

0 - 1

LUIS FC

1 - 1

2 - 1

0 - 2

3ª jornada

NAVAL X FCP (1-3)

ACAD. – SCP (0-2)

SLB – SETÚBAL (8-1)

DANIEL DD

0 - 2

0 - 3

2 - 1

JOÃO NC

1 - 1

0 - 1

2 - 0

ARTUR DD

0 - 2

1 - 1

3 - 1

LUIS FC

0 - 2

1 - 1

3 - 0

4ª jornada

FCP X LEIXÕES (4-1)

SCP – PAÇOS (1-0)

BELEN - SLB (0-4)

DANIEL DD

1 - 0

1 - 1

0 - 3

JOÃO NC

2 - 0

1 - 0

1 - 1

ARTUR DD

3 - 0

2 - 0

1 - 2

LUIS FC

3 - 1

2 - 0

1 - 2

5ª jornada

BRAGA – FCP

(1-0)

SCP – OLHAN (3-2)

LEIRIA - SLB (1-2)

DANIEL DD

1 - 1

3 - 0

0 - 2

JOÃO NC

1 - 2

2 - 0

0 - 3

ARTUR DD

1 - 3

1 - 0

0 - 1

LUIS FC

2 - 2

2 - 1

1 - 3

6ª jornada

FCP-SPORTING

(1-0)

SLB-LEIXÕES (5-0)

DANIEL DD

1 - 1

0 - 2

JOÃO NC

1 - 0

4 - 1

ARTUR DD

2 - 0

2 - 1

LUIS FC

2 - 2

3 - 0

7ª jornada

OLHANENSE – FC PORTO

(0-3)

SCP-BELENENSES

(0-0)

PAÇOS-BENFICA (1-3)

DANIEL DD

2 - 1

1-0

1-1

JOÃO NC

1 - 2

1 - 1

1-1

ARTUR DD

0 - 2

2 - 0

1 - 1

LUIS FC

SD

SD

SD