João Nuno Coelho – Football Ideas
Para a onda encarnada que se tem formado neste início de temporada muito tem contribuído a voracidade goleadora da dupla Saviola-Cardozo
Na Luz já não há memória de uma parceria atacante que tenha rendido tantos golos, na Liga e na Europa, até esta altura da época, como a constituída por Óscar Cardozo e Javier Saviola. Entre os dois já marcaram 11 golos (sete no campeonato e quatro na Liga Europa) num total de oito encontros. E não se limitam a concretizar: levam já duas assistências cada um.
O caso de Cardozo, um ano mais novo do que Saviola, é diferente. A sua carreira não atingiu ainda o nível brilhante que a do argentino já teve, mas também não viveu qualquer “travessia do deserto” como este último. Nas últimas quatro temporadas, entre o campeonato paraguaio, argentino e português, nunca baixou dos 15 golos por época, apesar de possuir limitações técnicas e táticas que podem ser trabalhadas, nomeadamente o jogo de cabeça e a movimentação na área. Será oportuno lembrar que Cardozo foi o segundo jogador mais caro da história do Benfica (11 milhões de euros, um pouco menos do que os 13 pagos por Simão Sabrosa) e é natural que, pese a sua capacidade goleadora (mormente nos lances de bola parada), se espere mais do paraguaio.
Após o endiabrado início de actividade conjunta, é legítimo pensar que Saviola poderá ser o principal “detonador” da explosão de Óscar Cardoso. Se dois meses de convivência na frente do ataque do Benfica já produziram um tal grau de entendimento, imagine-se o que poderá acontecer num futuro próximo. Além de que esta sociedade goleadora tem outros sócios de calibre, principalmente ao nível do fornecimento de passes e cruzamentos “açucarados”, garantidos por Aimar, Di Maria, Ramires ou mesmo Fábio Coentrão. Uma sociedade pouco anónima com sede no Estádio da Luz e que tem na gerência o senhor Jesus.
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